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Será que as organizações avançaram mesmo com a igualdade de género no setor Tecnológico?

James Milligan, Global Head of Technology Solutions

Em setembro organizámos um evento ao vivo em parceria com a Silicon Republic. O painel de discussão intitulado "Technology Matters: Como está o movimento de inclusão", teve como objetivo explorar a forma como a igualdade de género avançou na tecnologia em todo o mundo.
 
Para debater o tema, convidámos líderes femininas de organizações sem fins lucrativos que se dedicam à igualdade de género no setor para partilharem os seus pontos de vista. 
 
A acompanhar a anfitriã Ann O'Dea, Ann O’Dea, Co-Founder of Silicon Republic, esteve: 
• Dra. Anne-Marie Imafidon, Co-Fundadora da Stemettes 
• Joanne Dolan, Co-Fundadora da Teen-Turn 
• Rhea See, Co-Fundadora da She Loves Tech 
 
Pode assistir ao evento na íntegra no LinkedIn aqui. Ficam aqui alguns destaques abaixo. 


Houve algum progresso em matéria de igualdade de género no setor Tecnológico nos últimos 10-15 anos? 


Uma ampla questão para começar. No entanto, se precisamos de saber onde queremos estar, precisamos primeiro de ser honestos sobre onde estamos hoje. 

Joanne em jeito de síntese: "As portas não foram abertas... o que tenho visto em termos de progresso são estes movimentos de terra que acenderam muitos incêndios, mas o grande incêncio ainda não chegou". Ela reconhece a crescente consciência no seguimento do movimento #MeToo, e dá as boas-vindas àqueles que querem falar mais alto. 

Anne-Marie lembra-se de quando as pessoas ainda precisavam de ser convencidas de que a desigualdade e o sexismo eram um problema na tecnologia. Para ela, passámos da "negação" para o que agora é "lip service". Nas suas palavras, estamos a admitir isto como um problema, mas ainda vemos algumas pessoas a fingir que se importam quando as suas ações sugerem o contrário. Rhea faz eco disto, citando o aumento de unicórnios fundados por mulheres em 2021 que, embora ainda longe de ser o ideal, é encorajador. 


Está a existir alguma mudança na forma como as mulheres vêem o trabalho na tecnologia? 


Rhea, que está a viver em Singapura, salienta que as tech founders femininas são modelos para as raparigas e mulheres jovens. Enquanto participava em concursos e eventos com a She Loves Tech, viu pessoas trazerem as suas filhas interessadas para este mundo. 

A nova geração que está hoje no mercado de trabalho, observa Anne-Marie, tem uma definição diferente de sucesso. Estas pessoas não querem apenas um grande salário, mas também tentam fazer a diferença e criar uma mudança positiva para os outros. Ao contrário das gerações anteriores, eles não estão necessariamente a entrar na tecnologia depois de terem estudado matemática ou ciência. Em vez disso, desenvolveram competências noutras áreas antes de encontrarem a sua vocação na tecnologia (algo de que ouvimos falar muito na nossa série de podcasts 'How Did You Get That Job?'). 

Através do seu trabalho com Teen-Turn (onde me orgulho de me sentar no quadro), Joanne nota que os adolescentes estão agora a encontrar modelos a seguir dentro do seu próprio grupo etário. Isto só pode ser uma coisa boa, pois significa que as jovens mulheres têm mais inspiração do que nunca. Como diz Joanne: "Saímos enquanto podíamos - e agora estamos de volta com reforços!" 


Como é que as organizações atraem e retêm as mulheres na tecnologia? 


Para Rhea, é um caso de como enquadramos esta questão. Trabalhar para a igualdade de género na tecnologia não deve ser visto como "trabalho extra" - não o podemos apresentar desta forma porque as pessoas não vão querer sentir-se como se estivessem a fazer um esforço. Quando se trata de start-ups, ela sublinha a importância de "mais mulheres de ambos os lados da mesa" em termos de investidores e fundadores. 

Joanne explica que as organizações precisam de ser honestas consigo mesmas. Ao fazer isto, serão capazes de tornar o seu ambiente mais acolhedor e atrativo. Anne-Marie dá alguns exemplos disto e examina a forma como as mulheres são negligenciadas e subrepresentadas na liderança até aos dias de hoje. 

Segundo a mesma: "É uma loucura que ainda seja preciso dizer". No entanto, é uma conversa que precisamos de ter se quisermos fazer progressos reais nesta área. As organizações, líderes e candidatos estão todos a faltar. 
 
Veja o evento na íntegra aqui.

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