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Tem havido muita discussão recentemente em torno das características e comportamento dos "Millennials", também conhecidos como "Geração Y".
Olhando pelo lado positivo, a Geração Y é considerada liberal, com uma mente aberta, defensora dos direitos das minorias, optimista, expressiva e confiante. No entanto, também é muitas vezes descrita como a “Geração Eu, Eu e Eu”, uma geração que presta pouca atenção aos valores intrínsecos da auto-aceitação, comunidade ou ligação a um grupo, e que está mais interessada em valores extrínsecos de dinheiro, fama e imagem. Todas as gerações têm os seus aspectos positivos e negativos, mas o que é que causa estas diferenças geracionais? Não há respostas definitivas, mas é geralmente aceite que as características de cada geração são formadas e moldadas pelas experiências e influências do seu ambiente.
A Geração Y tem sido influenciada por momentos muito conturbados. A maioria dos que terminam a sua formação académica têm de enfrentar perspectivas de emprego nada animadoras. Na Europa do Sul, por exemplo, os índices de crescimento económico nunca foram considerados fortes, nem mesmo nos supostos bons momentos que antecederam a crise financeira. Mas desde que a crise começou, assistimos a um aumento exponencial das taxas de desemprego jovem em Espanha, Itália e Portugal, para níveis perto dos 50%. Este não é certamente o tipo de ambiente que possa inspirar um recém-licenciado. Se juntarmos a isto a instabilidade económica e os escândalos de corrupção que têm afectado estes países, é fácil compreender o porquê desta Geração Y ter tão pouca confiança no ambiente que a rodeia. Questionam o sistema e desconfiam de quem consideram ser parte integrante das instituições.
Não admira que a Geração Y esteja pouco interessada em assumir a responsabilidade de uma carreira; na verdade, muitos procuram adiar a maior parte das responsabilidades até atingirem uma fase mais tardia das suas vidas. Sem o conforto de uma economia estável, a Geração Y tende a procurar formas de ganhar dinheiro e de tomar decisões a curto prazo, em vez de optarem por uma perspectiva a médio ou longo prazo. Assim, a ideia de construir uma carreira está simplesmente… demasiado distante.
No entanto, tenho notícias para os “Millennials”: citando um muito conhecido Baby Boomer, “…the times they are changing…” (“…os tempos estão a mudar…”).
O que quero eu dizer com isto?
Antes de mais, a primeira coisa a ter em conta é que, após este período traumático de instabilidade financeira e política, o mundo não acabou. Não houve nenhum apocalipse, nenhum grande cataclismo. Na verdade, o mundo parece estar em modo de recuperação. Claro que vamos encontrar alguns contratempos pelo caminho, mas de um modo geral o sistema financeiro ainda existe, tal como os nossos governos, e o tecido social permanece praticamente inalterado. No entanto, algumas coisas mudaram; a actual situação da Geração Y começa a passar de curto para longo prazo.
Então o que reserva o futuro para os nossos “Millennials”?
Terão de trabalhar mais tempo que os seus pais. A idade da reforma está a aumentar na maior parte dos países desenvolvidos, como medida para reduzir o stress financeiro colocado em sistemas de segurança social subfinanciados. As reformas da Geração Y serão menos generosas do que as dos seus pais, e os benefícios terão de ser reduzidos para que o sistema possa funcionar. Para se poder reformar confortavelmente, a Geração Y terá de contribuir mais e por mais tempo para um eventual plano de pensões. Para os desempregados, os benefícios estão a ser cortados pelas mesmas questões financeiras. Os que estão a trabalhar pagarão impostos mais altos do que a geração anterior, e é provável que essa tendência se mantenha por muito tempo, já que os governos serão forçados a equilibrar as contas para pagar uma dívida insustentável.
Tendo em conta este cenário, torna-se claro que a Geração Y deveria reflectir mais sobre as suas decisões de carreira, e provavelmente essa análise deveria começar mais cedo do que imaginam.
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